Como Limpar Seu Nome sem Pagar a Dívida: Um Guia Completo
Você já se encontrou em uma situação onde seu nome foi negativado sem sequer ter recebido uma notificação prévia? A recente decisão da Terceira Turma
O Congresso Nacional deu um passo crucial nesta semana ao aprovar uma medida polêmica que autoriza o governo a recolher até R$ 8,5 bilhões em dinheiro esquecido em contas bancárias para ajudar a fechar o orçamento de 2024.
O termo “dinheiro esquecido” refere-se a valores deixados em contas bancárias inativas, depósitos judiciais não reclamados e outros fundos que permanecem parados sem movimentação por longos períodos. O Banco Central estima que há aproximadamente R$ 8,56 bilhões disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR).
Com a nova lei, os titulares desses recursos terão um prazo de 30 dias para resgatar os valores após a publicação da norma. Caso contrário, o dinheiro será recolhido e direcionado ao Tesouro Nacional para ajudar no fechamento do orçamento federal.
Uma vez que o governo recolha os saldos, o Ministério da Fazenda publicará um edital no Diário Oficial da União com informações detalhadas sobre os valores e as contas de origem. A partir da publicação desse edital, os titulares terão um novo prazo de 30 dias para contestar o recolhimento.
Se o prazo de contestação não for respeitado, os valores não reclamados serão incorporados definitivamente ao Tesouro Nacional como receita primária, contribuindo para o cálculo do resultado fiscal do governo.
Mesmo após o término do prazo de contestação, os titulares ainda terão seis meses para entrar com ações judiciais visando reaver os valores. Esse prazo será contado a partir da data da publicação do edital pelo Ministério da Fazenda. É importante ressaltar que, após esse período, os saldos não poderão mais ser recuperados, ficando permanentemente nas contas do Tesouro.
Além disso, a medida estabelece que os valores poderão ser reclamados diretamente com os bancos até 31 de dezembro de 2027, embora sem maiores detalhes sobre como isso ocorrerá.
A equipe econômica do governo e parlamentares da base aliada argumentam que o recolhimento desses recursos é necessário para compensar a perda de arrecadação decorrente da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, bem como de prefeituras em todo o país. Segundo o governo, a medida ajudará a manter o equilíbrio fiscal e garantir o cumprimento da meta de resultado primário, estipulada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A oposição tem sido veemente em suas críticas à medida, classificando-a como um “confisco” e uma violação dos direitos dos cidadãos. Para os oposicionistas, a redução do prazo para que os cidadãos possam reclamar seus depósitos judiciais (de 25 para 2 anos) é uma tentativa de expropriação disfarçada de ajuste fiscal.
Os parlamentares da oposição já anunciaram que entrarão com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade da medida. Eles argumentam que o projeto vai contra o direito de propriedade garantido pela Constituição e pode abrir precedentes perigosos para futuras medidas governamentais de caráter semelhante.
Os brasileiros que desejam verificar se têm algum dinheiro esquecido podem utilizar o Sistema de Valores a Receber do Banco Central. O sistema permite a consulta de valores que estão parados em contas bancárias, consórcios, ou outras instituições financeiras.
Para realizar a consulta, é necessário acessar o site oficial do Banco Central e fornecer os dados solicitados. Se for constatada a existência de valores a receber, o titular deverá fornecer uma chave PIX para que o valor seja devolvido. Caso não possua uma chave PIX, o titular poderá entrar em contato com a instituição financeira para combinar outra forma de recebimento.
No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, o procedimento é mais complexo. Apenas herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais têm direito a consultar e requerer os valores. Eles deverão preencher um termo de responsabilidade e seguir as orientações do banco ou consórcio onde o dinheiro está depositado.
Após a consulta e confirmação da existência de recursos, é necessário seguir os procedimentos indicados pela instituição financeira para o saque. Vale lembrar que a consulta e o saque não são automáticos, sendo imprescindível o acompanhamento dos prazos estabelecidos.
Agora, o projeto de lei aguarda a sanção presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente tem a opção de vetar trechos específicos ou até mesmo a íntegra da proposta. Caso haja vetos, o Congresso poderá derrubá-los em uma votação posterior, o que definiria a versão final da lei.
Se sancionada como está, a nova lei entrará em vigor em 2024, estabelecendo os prazos para resgate e contestação dos valores. O governo espera que a medida ajude a cobrir o déficit fiscal previsto para o próximo ano, enquanto a oposição promete batalhar judicialmente contra o que considera ser um confisco de recursos dos cidadãos.
Se o presidente vetar partes importantes do projeto, como o recolhimento de depósitos judiciais não reclamados, isso poderá abrir brechas para que a oposição comemore uma vitória parcial e leve a uma nova rodada de negociações no Congresso.
A medida de recolhimento de dinheiro esquecido é um tema que mexe diretamente com os interesses de milhões de brasileiros e tem grande impacto no orçamento federal de 2024. Enquanto o governo argumenta que os recursos serão essenciais para equilibrar as contas públicas, a oposição denuncia a proposta como uma tentativa de confisco. O cenário ainda é incerto, e os desdobramentos futuros dependerão tanto da sanção presidencial quanto das ações que serão movidas no Supremo Tribunal Federal.
Especialista em crédito. Produtor de conteúdos digitais e redator web. Atua com produção de conteúdos sobre educação financeira e deseja levar seus conhecimentos práticos para mais pessoas e assim ajudá-las a lidar melhor com seu dinheiro.
Você já se encontrou em uma situação onde seu nome foi negativado sem sequer ter recebido uma notificação prévia? A recente decisão da Terceira Turma
Entendendo o Crédito Ruim O crédito ruim é um obstáculo significativo que muitos brasileiros enfrentam em sua jornada financeira. Caracterizado por um histórico de pagamentos
Neste artigo, vamos explorar estratégias eficazes para limpar o nome sem necessariamente pagar a dívida integralmente. Muitas vezes, enfrentamos a angústia de dívidas pendentes e